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Quem lamenta demais esquece de viver!

21/08/2022

“Quem lamenta demais esquece de viver”. A fala é da Marlei Cerada, atriz que interpretava os personagens Nina e Sangue do Programa “A Praça é Nossa”, no SBT. Uma parte de sua história de vida foi revelada numa entrevista que teve por objetivo homenagear a atriz por toda sua dedicação em diversos papéis que interpretara. Em meio a vivências traumáticas ela optou pelo humor. Sua mãe morreu quando ainda era criança. Foi adotada e separada de seus irmãos biológicos. Os demais também seguiram por esta estrada. Uma família que parece ter se fragmentado para garantir a própria sobrevivência. O pai biológico tomou uma decisão que atesta o exercício pleno do amor incondicional: doar seus filhos para garantir a sobrevivência de todos. Só quem ama liberta! É uma história muito rica em detalhes na vida dessa atriz que transformou o drama em comédia. Em poucos minutos da entrevista a atriz revelou a grandeza de sua alma. Esta me parece ser uma saída inteligente para muitas pessoas que optam por “gozar a vida” ao invés de se lamentar escravizando a si mesmo e aos outros.

Em outra entrevista o pai do “Dinho”, vocalista da Banda Mamomas Assassinas, declarou: “A vida é uma brincadeira. Se você levar muito a sério será enganado”. Somos enganados toda vez que levamos a vida muito a sério!

Quando se tem consciência da mudança de postura que precisa se realizar e mesmo assim se repete o velho script, várias e várias vezes, o próprio inconsciente dá um jeitinho de acelerar o processo em razão da autopreservação do sujeito que habita o corpo físico e psíquico. Ele vem com toda sua força e apresenta novamente a responsabilidade negada e os cuidados negligenciados.

Chega uma hora em que é preciso mudar, não apenas ensaiar a mudança. Afinal, se estamos neste mundo não é para nos lamentarmos e sim para colaborarmos com o nosso propósito de vida deixando uma obra importante como herança social.

A junção do entendimento com o afeto, da razão com a emoção, do cérebro com a alma, a qual chamamos de insight é o que produz uma mudança na nossa postura. Aquilo que nós, adultos, esquecemos de fazer neste contexto social onde somos sugados literalmente pela pressão do medo que gera ansiedade e insegurança, passa a ter real importância quando nos damos conta da responsabilidade que temos sobre nossa saúde mental. Esquecemos de tentar flexibilizar e entregar para a Vida o que lhes pertence. Uma fala que ouvi numa das entrevistas que assisti ainda nesta semana: “Não somos donos da própria vida (porque um dia morreremos), mas podemos gerenciá-la bem. É uma questão de escolha".

A montanha-russa será ainda mais desafiadora se resistirmos às mudanças que já estão sendo processadas. Não há mais lugar para a intolerância social, para o ódio, para quaisquer que sejam as máscaras sociais, para toda forma de preconceito ou discriminação, para a contrariedade do propósito de vida que a alma de cada um reivindica. Não há por que resistir a mudança quando tornamos nossas vivências conscientes. Quando sabemos o que precisamos fazer não temos a necessidade alguma de resistir. Também não há necessidade de escolher o caminho das pedras para poder efetuar uma mudança importante na sua vida. Não há necessidade de escolher o drama, o muro das lamentações e do sacrifício.

É verdade que resistimos ao desconhecido, o "por vir", mas a vida em si é sábia e nos mostra o caminho, a vida é feita de amor. Não estamos neste mundo para lamentar, para nos vitimizar, estamos neste mundo para evoluir, para colaborar, para deixar um legado significativo para os que chegarem depois de nós, para construir e principalmente para amar e permitir-se ser amado. Abra seu coração antes que um bisturi o faça!

Esta foi a minha reflexão para este artigo.

Somos apenas um grão de mostarda nesta imensidão da vida. Que a esperança, o amor e a alegria prevaleçam sempre, apesar das turbulências que ocorrem durante o nosso voo, na nossa vida.

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